Dia: 20/12/23 - Acesse o link para ouvir a leitura do capítulo 6:
Alguém que detesta um time esportivo específico - e sua torcida - possui opiniões bem fortes sobre um grupo de pessoas. Essas crenças são estereótipos e frequentemente se transformam em preconceito. Quanto mais forte se tornar essa mentalidade, menos a tendência a repensá-la.
Rivalidades não se limitam ao mundo dos esportes. Elas surgem sempre que nutrimos um ressentimento especial por um grupo que parece estar competindo cotra nós para conseguir recursos ou ameaçando nossa identidade.
Conforme os estereótipos ganham força e o preconceito se aprofunda, não apenas nos identificamos mais com nosso próprio grupo como nos desidentificamos com nossos adversários, passando a definir quem somos pelo que não somos.
Em todas as sociedades humanas, as pessoas são motivadas a encontrar pertencimento e status. A identificação com um grupo resolve essas duas questões de uma vez só; nós nos tornamos parte de uma tribo e sentimos orgulho quando ela é vitoriosa.
Tendemos a interagir com pessoas que pensem como nós, e assim nos tornamos ainda mais radicais. Esse fenômeno se chama polarização e já foi demonstrado em centenas de experimentos.
Em um mundo ideal, conhecer melhor indivíduos do outro grupo humanizaria a comunidade, porém, no geral, só serve para diferenciar aquela pessoa específica de resto. Quando nos aproximamos de alguém que desafia um estereótipo, nosso primeiro instinto não é encarar esse indivíduo como um exemplo e repensar nossas opiniões, mas vê-lo como uma exceção e continuar defendendo nossas crenças.
Com os campeões de debate e os especialistas em negociações, você já aprendeu que pessoas podem se sentir motivadas a repensar suas conclusões quendo alguém lhe faz perguntas. A diferença desse tipo de questionamento contrafactual é que nos convida a explorar as origens de nossas crenças - e refletir sobre nossas posições referentes a outros grupos.
A importância de desaprender para não se tornar ignorante. Após entender como seus estereótipos eram arbitrários, as pessoas passaram a se sentir mais abertas a repensar conceitos e opiniões.
Se você convencer as pessoas a para e refletir, elas podem decidir que a noção de aplicar estereótipos de grupos a indivíduos é absurda.
A forma mais eficiente de ajudar uma pessoa a puxar os blocos de madeira instáveis da sua torre de estereótipos é conversar com os outros pessoalmente.
Quando escolhemos não interagir com pessoas que carregam estereótipos ou preconceitos, desistimos de abrir sua mente.
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